O que são astroblemas?
Os astroblemas, ou crateras de impacto, são estruturas formadas quando um planeta ou satélite é atingido por grandes meteoritos. As pesquisas mostram que não só a Lua, mas também todos os corpos do Sistema Solar, foram bombardeados intensamente por meteoritos gigantescos durante a sua história, deixando na superfície cicatrizes desses eventos: as cratera de impacto de variados tamanhos.
O Planeta Terra foi tão bombardeado quanto a Lua, porém as crateras são continuamente apagadas pela erosão, vulcanismo e atividades tectônicas. Descoberta na década de 20, a cratera do Arizona, ou Barringer, foi a primeira cratera a ser reconhecida como meteorítica na Terra. Cerca de 120 crateras meteoríticas são conhecidas em toda superfície terrestre, a maioria delas localizadas em terrenos geologicamente estáveis.
Por muitos anos se pensou que as crateras meteoríticas estavam diretamente associadas a descoberta de fragmentos meteoríticos que comprovassem a sua origem. Hoje, sabemos que na formação de crateras maiores nenhum fragmento sobrevive intacto. Nesses eventos massivos, causados por enormes meteoritos, a pressão e a temperatura geradas pela onda de choque é extremamente alta, vaporizando completamente o meteorito e o solo, formando uma mistura com a rocha alvo, e após muitos milhares de anos, qualquer componente meteorítico detectável já se erodiu.
As consequências causadas na superfície pelo o impacto de um meteorito depende de diversos fatores, tais como: massa e velocidade do corpo, tipo de solo onde ocorre o impacto, entre outros. Os meteoritos com até uma tonelada são freados pela atmosfera e passam a cair em queda livre em uma altura próxima de 10 km, já os meteoritos maiores que cem toneladas atingem a superfície com mais de 50% da velocidade cósmica e produzem as crateras de impacto (explodindo tanto o solo, quanto o meteorito).
O possível impacto de um corpo gigante, com proporções semelhantes ao de Marte, chamado Theia, contra a Terra há cerca de 4.500 Ma, teria formado o nosso satélite natural e provocado grandes consequências no Planeta. Diversas características relacionadas à Lua e a Terra, como por exemplo o fato da Lua ter composição interna semelhante ao manto e crosta da Terra e o nosso Planeta ter um núcleo maior do que deveria ser, reforçam essa teoria. Acredita-se ainda que tal impacto foi responsável pela mudança axial do Planeta ao valor atual (23,5º) o que permite a diferenciação de estações do ano.Outros impactos, em diferentes eras, foram responsáveis por diversas extinções em massa, uma das mais famosas, a extinção K-T (65,5 ma), responsável pelo desaparecimento dos dinossauros e destruição de mais da metade da vida na Terra. A extinção Permo-Triássica (251 ma) foi a maior de todas e foi responsável pelo desparecimento de cerca de 96% dos animais marinhos e cerca da metade das outras famílias existentes.
Crateras meteoríticas no Brasil
O Brasil apresenta várias estruturas em anel com feições de crateras meteoríticas, algumas delas já foram bem estudadas e são reconhecidas como astroblema, outras estruturas morfológicas apresentam algumas características semelhantes a crateras de impacto, mas necessitam de mais estudos conclusivos. Veja abaixo as crateras de impacto catalogadas oficialmente no Brasil:
Araguainha
Nome: Araguainha
Idade: 244,40 ± 3,25 Ma
Diâmetro: 40 Km
Localização: Mato Grosso, Brasil (16 ° 47'S, 52 ° 59'W)
Cratera brasileira mais bem estudada.Anel de rochas elevadas com 10 km de diâmetro.
Serra da Cangalha
Nome: Serra da Cangalha
Idade: <300 Ma
Diâmetro: 12 Km
Localização: Tocantins, Brasil ((8° 5'S, 46° 52'W)
Estrutura mais aparente é um anel de vales com 5 km de diâmetro.
Vargeão
Nome: Vargeão (Vargeão Dome)
Idade: <70 Ma
Diâmetro: 12 Km
Localização: Santa Catarina, Brasil (26° 50'S, 52° 7'W)
Depressão de forma circular com elevação central
Riachão
Nome: Riachão (Riachão Ring)
Idade: <200 Ma
Diâmetro: 4,5 Km
Localização: Maranhão, Brasil (7° 43'S, 46° 39'W)
Área circular esbranquiçada
Vista Alegre
Nome: Vista Alegre
Idade: <65 Ma
Diâmetro: 9,5 Km
Localização: Paraná, Brasil (25° 57'S, 52° 41'W)
Colônia
Nome: Colônia
Idade: 5-36 Ma
Diâmetro: 3,6 Km
Localização: São Paulo, Brasil (23° 52' 7"S, 46° 42' 22"W)
Santa Marta
Nome: Santa Marta
Idade: 66-100 Ma
Diâmetro: 10 Km
Localização: Piauí, Brasil (10° 10' S, 45° 15' W)
Dados do Meteoritical Bulletin
Araguainha
Nome: Araguainha
Idade: 244,40 ± 3,25 Ma
Diâmetro: 40 Km
Localização: Mato Grosso, Brasil (16 ° 47'S, 52 ° 59'W)
Cratera brasileira mais bem estudada.Anel de rochas elevadas com 10 km de diâmetro.
Serra da Cangalha
Nome: Serra da Cangalha
Idade: <300 Ma
Diâmetro: 12 Km
Localização: Tocantins, Brasil ((8° 5'S, 46° 52'W)
Estrutura mais aparente é um anel de vales com 5 km de diâmetro.
Vargeão
Nome: Vargeão (Vargeão Dome)
Idade: <70 Ma
Diâmetro: 12 Km
Localização: Santa Catarina, Brasil (26° 50'S, 52° 7'W)
Depressão de forma circular com elevação central
Riachão
Nome: Riachão (Riachão Ring)
Idade: <200 Ma
Diâmetro: 4,5 Km
Localização: Maranhão, Brasil (7° 43'S, 46° 39'W)
Área circular esbranquiçada
Vista Alegre
Nome: Vista Alegre
Idade: <65 Ma
Diâmetro: 9,5 Km
Localização: Paraná, Brasil (25° 57'S, 52° 41'W)
Colônia
Nome: Colônia
Idade: 5-36 Ma
Diâmetro: 3,6 Km
Localização: São Paulo, Brasil (23° 52' 7"S, 46° 42' 22"W)
Santa Marta
Nome: Santa Marta
Idade: 66-100 Ma
Diâmetro: 10 Km
Localização: Piauí, Brasil (10° 10' S, 45° 15' W)
Dados do Meteoritical Bulletin